terça-feira, setembro 04, 2012

tamanho único



Esses dias me peguei lendo aqueles textos que adoram descrever que tipo de garota única você é, com todas aquelas características “sou meiga, posso ser sarcástica, falo palavrão, mas adoro um carinho, essa minha imagem de garota bem resolvida é só para evitar sofrimento blá blá blá”. É incrível como várias características de vários textos (que eu não vou copiar e colar no blog, porque com certeza você já leu no mínimo uns 7 por ai) se encaixam perfeitamente na minha vida, parece que colocaram uma lupa em mim e escreveram olhando todas as minhas ações. Me senti única, assim como as 785 outras garotas que curtiram isso.

Nesse momento caí na real, que tudo aquilo que sempre me orgulhei de ser, todas as minhas características que considerava diferente, única e inteligente são exatamente iguais a milhares de outras por ai. Tem muito mais garotas invisíveis do que imaginei, outras tantas com as mesmas convicções e frustrações. Em corpos diferentes, alguns mais bonitos e outros nem tanto. Mas vi que no fundo tudo o que passei a adolescência inteira acreditando não passa de uma grande mentira.

Ouvi uma vez em um filme “Pare de achar que você é uma exceção, você não é a exceção; você é a regra”, e essa minha atitude de achar que era muito diferente de todas as outras não passava de uma idéia pré-adolescente idiota de achar que era a exceção. Vivi tanto tempo no meu mundinho fechado, me achando única e exclusiva, só não admitia isso, porque sinceramente acho horrível quem é muito “pretensioso (a)”. Mas no fundo sempre fui igual a todo mundo, só me dei mal mais vezes que algumas garotas invisíveis que também existiram.

E cheguei a um ponto que acredito que também não preciso provar nada para ninguém, nem para alguém que esteja interessada, o quanto eu posso ser diferente e especial (assim como todas as outras), porque não vai ser o que eu falar que vai mudar o que alguém pensa, vai depender de como a pessoa me vê.

Então estou seguindo meu caminho, encontrando tantas outras pessoas com os mesmo problemas sem solução e me sentindo menos pior por isso, deixando escondido muitas das minhas convicções, porque não há necessidade de falar sendo que existem tantas por ai que falam aos 4 ventos com desconhecidos às mesmas frustrações, se quiser saber o que eu penso me pergunte, porque cheguei ao ponto que me basta ser única somente para alguém e não aos olhos do mundo.

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